sexta-feira, 22 de julho de 2011
As dificuldades do Carapebus na Série C
Ajoelhado no final do jogo, o técnico Luciano Lamóglia agradece ao resultado de empate sem gols aos jogadores do Carapebus que aguentaram uma viagem de mais de quatro horas de ônibus sem ar-condicionado. Eles chegaram no estádio Teixeira de Castro, em Bonsucesso, no Rio, pouco mais de 60 minutos antes da partida de ida da semifinal contra o Juventus.
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E essa parece ter sido uma tarefa fácil perto de uma temporada completa sem salários. A Prefeitura de Carapebus, município com 13 mil pessoas do Norte Fluminense, cancelou o patrocínio prometido em novembro do ano passado, quando o elenco foi reunido para a disputa da Série B de 2011.
— Quando soube, perguntei se a prefeitura poderia arcar com a taxa de inscrição, que é de cerca de R$ 15 mil. Eles disseram que sim e reuni o grupo para explicar a situação. Eles não receberiam nada e jogariam por esse sonho. Apenas dois ficaram balançados, mas ainda estão conosco — conta Lamóglia, que é ex-jogador que atuou como lateral-esquerdo no Goytacaz, Americano, Ferroviária de Araraquara e São Caetano e irmão do presidente do Carapebus. — Eles jogam por esse sonho que estamos muito perto de realizar. Só falta um passo, uma partida para chegarmos à segunda divisão.
Lamóglia afirma já ter gasto mais de R$ 35 mil no time nesta temporada. Ele vendeu dois terrenos que tinha na cidade para pagar as despesas do clube. Além disso, dirige seu carro para buscar seus atletas para treinos. Nem mesmo quando termina o expediente o treinador consegue se desligar dos problemas da equipes. Ele deixou sua casa para voltar a morar com os pais e, assim, abrir vagas em sua casa para os jogadores que não são de Carapebus. Atualmente, 14 jogadores moram no imóvel que tinha dois quartos - e foi ampliado para três quartos recentemente.
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